sexta-feira, 13 de maio de 2011

CAMINHO DE SANTIAGO



"Você não pode seguir o caminho antes de ter se tornado o próprio caminho" - Buda

Apesar de Sirdatha Gautama, o Buda, ser difusor de uma religião oriental diferente dos preceitos cristãos que consagraram o Caminho de Santiago, a fé acima de todos os dogmas, une as religiões. E o verdadeiro caminho está na vida feita de fé.

Fé e caminho são idéias unidas no ato de peregrinar. O Caminho de Santiago, uma das mais antigas rotas de peregrinação conhecidas, é feito no norte da Espanha, numa viagem de quase 700 quilômetros que começa na fronteira da França e culmina na cidade de Santiago de Compostela. Ali, na bela e antiga catedral, está o túmulo de Tiago, um dos apóstolos de Cristo, padroeiro da Espanha e primeiro mensageiro do cristianismo naquele canto da Europa.
 
Para os peregrinos que, simbolicamente, já refizeram as andanças espanholas de Tiago, a idéia budista de caminho se completa em si mesma. Não é possível seguir o Caminho de Santiago antes de ter se tornado parte dele. Mais importante que chegar a algum lugar é simplesmente estar no caminho. A receita, para isso, é fazê-lo com fé. Peregrinar, para estas pessoas, é caminhar numa única direção: o Deus que vive dentro delas e em cada um de nós.
 
O Caminho de Santiago pode ser resumido de várias maneiras. Como uma longa trilha que desafia tarimbados caminhantes. Ou uma viagem pelos interiores de uma Europa primitiva, de hábitos camponeses e religiosos, onde o tempo parece estacionado na Idade Média. O Caminho pode ser entendido ainda como uma peregrinação mística em busca de autoconhecimento. É também uma jornada entre belos monumentos arquitetônicos, que variam dos estilos românico e gótico até Gaudí, o famoso arquiteto espanhol que concebeu um palácio na cidade de Astorga. No fundo, o Caminho de Santiago agrega todos estes conceitos e mais, transformados e glorificados numa recriação simbólica da passagem do apóstolo Tiago pelo norte da Espanha na época Cristã.

Há alguns outros caminhos alternativos, como o que corre pela costa do Mar Cantárbico ou os que vem de Portugal, mas o mais tradicional é a rota Francesa.

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